É verdade que Churchill pediu a um grupo de Cientistas Cristãos britânicos que orassem?
Nós recebemos perguntas sobre se o Primeiro Ministro Winston Churchill pediu a um grupo de Cientistas Cristãos que, durante a Segunda Guerra Mundial, orassem especificamente pela situação.
Não há provas de que Churchill tenha feito tal pedido. Todavia, Peter J. Henniker-Heaton, um Cientista Cristão inglês, relatou mais tarde algo que pode ser a fonte dessa história.
Em novembro de 1939, um oficial não identificado da Marinha Real pediu a três ou quatro Cientistas Cristãos, entre eles Peter J. Henniker-Heaton e sua esposa, Rose, que orassem com relação a um perigo específico.1 Naquela época, a força aérea alemã estava lançando minas magnéticas no estuário do Rio Tâmisa. Embora as enseadas tivessem sido rastreadas em busca dessas minas, em setembro e outubro, “quase uma dúzia de navios mercantes foi afundada”.2
Em sua palestra intitulada “Our Times and Their Future” [Nossa época e seu futuro], proferida em 1971, na Reunião Bienal das Organizações Universitárias, nA Igreja Mãe, Henniker-Heaton disse:
Lembro-me de um dia, em novembro [em 1939], no começo da Segunda Guerra Mundial. A primeira arma secreta dos nazistas era uma mina magnética. Com o passar dos meses, essa mina acabou formando uma barricada que bloqueava os portos britânicos da região leste e sudeste. Seis navios afundaram no Rio Tâmisa em uma única noite.
Na manhã seguinte, o oficial do Ministério da Marinha, responsável por lidar com esse perigo, telefonou para três ou quatro Cientistas Cristãos e, em caráter de urgência, pediu-lhes que “realizassem seu trabalho”. Cada Cientista Cristão orou à sua própria maneira e, sem dúvida, havia outras pessoas orando também. Em nossa casa, mantivemos no pensamento o verdadeiro significado de magnetismo, estabelecido pela Sra. Eddy: “Há uma só atração real, a do Espírito. O apontar da agulha magnética para o polo simboliza esse poder que abrange tudo, ou seja, a atração de Deus, a Mente divina”. Assim sendo, não havia lugar para uma atração destrutiva.
O Sr. Winston Churchill completa a história em seu livro, The Gathering Storm [A aproximação da tempestade]. No dia 22 de novembro, o dia sobre o qual estou falando, “entre 21h e 22h” — usando as palavras de Churchill, “a sorte nos favoreceu” com “uma oportunidade de ouro”.
Uma mina magnética caiu sobre um banco de lodo, que a amorteceu, deixando-a exposta e fazendo com que não explodisse. Essa mina foi examinada e rapidamente pôde ser projetado um dispositivo antiminas. Depois disso, a mina magnética não passou de um pequeno contratempo.3
Em novembro de 1939, Churchill foi nomeado Primeiro Oficial do Almirantado da Marinha Real e passou a ocupar um posto mais alto do que o do “oficial não identificado”, mencionado por Henniker-Heaton. Nós não conseguimos determinar a identidade desse oficial
Esse blog também pode ser lido neste site em alemão, espanhol, francês e inglês.
- Peter J. Henniker-Heaton, “Our Times and Their Future” [Nossa época e seu futuro], 17 de julho de 1971, Arquivos da Igreja, Caixa 201344471, Pasta 201344528, 6–7.
- Winston S. Churchill, Memórias da Segunda Guerra Mundial, Volume 1 (1919–1941) (Rio de Janeiro, Brasil: HarperCollins, 1917), 131.
- Peter J. Henniker-Heaton, “Our Times and Their Future”, 17 de julho de 1971, Arquivos da Igreja, Caixa 201344471, Pasta 201344528, 6–7.